- Espírito
Santo do Pinhal, SP
-
Um
pouco de sua história.
-
Veja
aqui a última eleição na cidade 2004
|
|

- Religiosidade,
disputa judicial e trágicos acontecimentos cercaram a fundação
de Espírito Santo do Pinhal
- Corria
o ano de 1849. Homem profundamente religioso e equilibrado,
o fazendeiro Romualdo de Sousa Brito começava mais um dia
de trabalho em suas terras, iniciando a derrubada de alguns
pinheiros - então existentes no atual largo da Matriz -
para o plantio de milho quando gritos de desafio e tiros de
espingarda foram-lhe dirigidos pelos proprietários das
terras vizinhas, obrigando-o a interromper o serviço.
- O
incidente, último de uma série de acontecimentos desagradáveis
que vinham ocorrendo desde 1845, quando Romualdo comprara
66,5 alqueires da Fazenda do Pinhal, levou o fazendeiro a
tomar uma decisão: ele e sua mulher doariam uma área de
quarenta alqueires da fazenda ao Divino Espírito Santo a
fim de que, no mesmo local onde ocorrera o incidente, fosse
construída uma capela. Em 27 de dezembro daquele mesmo ano
foi lavrada a escritura.
- A
decisão de Romualdo, entretanto, não foi bem recebida por
todos os proprietários das terras que compunham a Fazenda
do Pinhal. Antes da transcrição, alguns procuraram anular
a escritura e chegaram até a provocar distúrbios,
iniciando a derrubada de matas e construindo
benfeito-rias nas terras doadas.
- Diante
desses novos incidentes, talvez a doação nunca tivesse se
concretizado de fato se dois trágicos acontecimentos,
atribuídos na época a causas sobrenaturais, não tivessem
ocorrido, fazendo cessar as hostilidades que, cada dia mais,
se agravavam.
- O
primeiro desastre aconteceu com uma criança. Estava uma
menina a peneirar milho quando o espeque que segurava o
madeiro do monjolo desprendeu-se e caiu sobre ela. A garota
morreu na hora. Na mesma ocasião, um carpinteiro faleceu ao
cair de um andaime.
- Interpretadas
como castigos do céu, essas ocorrências acabaram influindo
de maneira decisiva para serenar os ânimos, consolidar a
doação feita e decidir a sorte da povoação nascente.
- Disputas
Até
algumas décadas atrás, muito pouco se sabia sobre a
disputa pela posse das terras da Fazenda do Pinhal que
culminou no episódio envolvendo Romualdo de Sousa Brito.
Todos os registros sobre a história da cidade assinalavam
uma "acirrada demanda pela posse das terras", mas
os motivos que levaram a ela eram ignorados ou, talvez,
deliberadamente omitidos.
- Recentemente,
porém, o pinhalense Roberto Vasconcellos Martins
encarregou-se de desvendar o mistério. Em seu livro
"Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Dores do
Pinhal - História de Espírito Santo do Pinhal",
Martins reúne documentos que resgatam os fatos desde o início
da demanda pela posse das terras da Fazenda do Pinhal até o
desenlace final .
- Depois
de pesquisar detalhadamente todos os episódios que
envolveram a doação das terras ao Divino Espírito Santo,
Martins está certo de que a cidade ainda está devendo uma
homenagem maior a Romualdo de Sousa Brito e sua mulher,
Teresa Maria de Jesus. "Romualdo de Sousa Brito é um
homem para os nossos dias. Foi um conciliador que, com rara
visão, conseguiu pacificação e harmonia entre os
primeiros povos desta terra, sem fazer uso da violência,
sem o derramamento de sangue", enfatiza Martins na
introdução de seu livro.
- Ao
contrário do que se imaginava, ele destaca que Romualdo de
Sousa Brito não veio direto de Mogi das Cruzes, sua cidade
natal, para desbravar as terras de Pinhal e fundar a cidade.
Na realidade o processo foi bem mais lento. Romualdo viveu
em Mogi das Cruzes até os 20 anos de idade, depois passou
para Bragança e, aos 22 anos, mudou-se para Mogi Mirim onde
trabalhou como administrador e feitor num engenho de açúcar
e aguardente para, somente 13 anos após seu casamento,
comprar sua primeira propriedade em território pinhalense.
- Para
Martins, Romualdo é atualíssimo, um homem dotado de uma
energia ímpar, temperada, no entanto, pela moderação do
espírito de fé e religiosidade. "Romualdo é um
grande exemplo aos homens que têm por missão conduzir os
destinos do povo brasileiro. Ele conseguiu construir e unir
os homens do povoado num momento em que tudo parecia estar
perdido, num momento em que avizinhava-se o caos",
ressalta. Martins finaliza lembrando que Romualdo foi
fervoroso católico, uma herança que ficou profundamente
enraizada na alma do povo pinhalense.
|
- Algumas
fotos da Cidade de Espirito Santo do Pinhal, SP
-

- Araucária
(pinheiro espécie nativa que deu origem ao nome da
cidade de E.S.Pinhal.

-
Vista parcial do Lago Municipal, centro de laser de
E.S.Pinhal,SP

- Colégio
Técnico Agrícola, ao fundo a Serra da Mantiqueira,
divisa de E.S.Pinhal e Andradas Minas Geais,Brasil.

- Fachada do museu e biblioteca de E.S.Pinhal,
SP
- Fotos
TiKa Tiritilli
-
- Fundação Pinhalense de Ensino
Creupi
-
|